Governo retoma energia das ondas


A energia das ondas voltou a estar na agenda política. No próximo mês, o Governo vai assinar com a REN o contrato de concessão para a zona-piloto onde serão testadas as tecnologias deste tipo de energia. O objectivo é aumentar para 60% o peso das renováveis.

O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, garantiu, ontem, numa comissão parlamentar de assuntos económicos, que o contrato de concessão à REN - Rede Eléctrica Nacional para a zona-piloto onde serão testadas as tecnologias de energia das ondas será assinado já em Maio. Esta aposta que faz parte do esforço do Governo de até 2020 aumentar para 60% a electricidade produzida a partir de fontes renováveis, uma "meta que poderá ser ultrapassada".

Durante a comissão, o responsável pela pasta da Energia foi questionado pelos deputados sobre o insucesso de alguns projectos relacionados com este tipo de energia renovável: "A nossa aposta na energia das ondas é muito grande", afirmou Carlos Zorrinho. "Os projectos estão ainda numa fase pré-comercial, mas mesmo os projectos sem sucesso fazem parte do caminho a percorrer", acrescentou, alertando para o facto de que "somos o país do Mundo mais perto de ter sucesso para depois chegar à dimensão comercial".

E se o petróleo continuar a subir?

Carlos Zorrinho rejeitou a ideia de que as energias limpas contribuem para o aumento do défice tarifário - que é gerado quando os preços cobrados ao consumidor não cobrem os custos de produção - da electricidade, garantindo que "a relação custo/benefício é claramente favorável aos benefícios". Questionado por um deputado do CDS sobre a sua afirmação, o secretário de Estado respondeu que "a tarifa fixada este ano cobre todos os custos associados à produção de renováveis, por isso elas não geram défice tarifário". O mesmo responsável disse, ainda, que se o preço do petróleo continuar a subir, as renováveis poderão contribuir para a redução das tarifas eléctricas

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